Alegrai-vos, sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
De o seu imenso terreno
Em províncias separar.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Isto se fez, mas, contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más conseqüências
Depois se verificou.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.
Se vier danosa intriga
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.