Capão de mato com linda e verde grama
Lugar que o angico e o cedro fazem morada
E olha a mutuca tira o rabo em tempo quente
E onde o vivente sempre encontra boa aguada
Capão de mato tráz abrigo contra o tempo
Dos temporais e dos dias de sol a pino
É verde mina de goiaba e de pitanga
Berço da canga que eu fiz para o brasino
É verde mina de goiaba e de pitanga
Berço da canga que eu fiz para o brasino
Capão de mato onde o pinheiro se levanta
E a sua taça oferece ao criador
O brinde pleno de ternura e de pureza
Frente à grandeza de tão raro explendor
Capão de mato que me deu cabo de relho
Me deu palanque, porteira, casa e galpão
Deu alegria de fazer por vez primeira
Numa clareira, sapecada de pinhão
Deu alegria de fazer por vez primeira
Numa clareira, sapecada de pinhão
Capão de mato segurança da peonada
De no inverno encontrar a proteção
Queimando lenha, grimpa e nó-de-pinho
Devagarinho no velho fogo de chão
Capão de mato onde o molito se esconde
Onde o sabiá canta versos com entono
Eu só espero que jamais haja ganância
De lá na estância perturbarem o teu sono
Eu só espero que jamais haja ganância
De lá na estância perturbarem o teu sono