Cortando a noite,
Com um farol solitário,
Um ronco forte que se ouve bem distante,
Sempre traçando, seu próprio itinerário,
Ele cruza a madruga,
Lá vai o Lobo da Estrada.
Segundo as lendas, do Brasil rodoviário,
Nunca se viu "cavalo" tão possante,
E os motoristas, depois da ultrapassada,
Desejam boa sorte, ao Lobo da Estrada.
Lobo da Estrada.
E o vento frio, do cerrado, ensinou-lhe uma canção,
Que vai de encontro ao coração,
De tudo que é menina,
De Goiânia a Ribeirão,
De Campo Grande até Londrina,
Elas querem a garupa, com o rei da morenada,
Lá vai o Lobo da Estrada,
Lobo da Estrada.
Quando ele passa em frente as casas de família,
O pai obriga a filha,
A dormir antes do horário,
E a mãe aflita, aperta logo o seu rosário,
Reza até sumir ao longe,
Acenando no horizonte, o Lobo da Estrada.
Lobo da Estrada.
E os motoristas, depois da ultrapassada,
Desejam boa sorte, ao Lobo da Estrada.
Lobo da Estrada.
E o vento frio, do cerrado, ensinou-lhe uma canção,
Que vai de encontro ao coração,
De tudo que é menina,
De Goiânia a Ribeirão,
De Campo Grande até Londrina,
Elas querem a garupa, com o rei da morenada,
Lá vai o Lobo da Estrada,
Lobo da Estrada....